VIGILÂNCIA
A água contaminada e o contato prolongado com ambientes úmidos aumentam a incidência de doenças e de acidentes com animais peçonhentos
Devido às alagações causadas pela cheia do rio Madeira, a
Prefeitura de Porto Velho, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde da
Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), alerta a população sobre os riscos à
saúde e reforça medidas de prevenção.
O contato com a água
contaminada, o aumento de criadores de mosquitos e a permanência em locais
fechados favorecem a transmissão de doenças como leptospirose, diarreias,
dengue, febre amarela e até coqueluche. O risco de acidentes com animais
peçonhentos também são potencializados com a elevação do nível do rio.
Doenças
mais comuns em áreas alagadas
A água contaminada e o contato
prolongado com ambientes úmidos aumentam a incidência de diversas doenças. A
Semusa destaca algumas delas, bem como orientações sobre como evitar o
adoecimento:
Leptospirose
– Causada por uma bactéria presente na urina de ratos, a
leptospirose pode ser contraída ao entrar em contato com água suja das
enchentes. Os sintomas incluem febre, dor muscular intensa, calafrios, dor de
cabeça e, em casos graves, comprometimento dos rins e do fígado.
Prevenção: Evite contato
direto com a água da enchente e use botas e luvas se precisar transitar em
áreas alagadas.
Doenças
diarreicas e gastroenterites – A ingestão de água contaminada
pode causar diarreia, vômitos, desidratação e dor abdominal. Crianças e idosos
são os mais vulneráveis.
Prevenção: Ferva a água
antes do consumo, lave bem as mãos e evite alimentos de procedência duvidosa.
Eliminar água parada é importante para prevenir dengue, zika e chikungunya
Dengue, Zika e Chikungunya – Com
o acúmulo de água parada, os criadouros do mosquito Aedes aegypti aumentam,
elevando os casos dessas doenças. Os sintomas incluem febre, dores no corpo e
nas articulações, além de manchas vermelhas na pele.
Prevenção: Elimine
qualquer reservatório de água parada, como pneus, vasos e garrafas.
Hepatite
A – Transmitida por meio do consumo de água e alimentos
contaminados, a hepatite A provoca sintomas como fadiga, febre, náuseas, dor
abdominal e pele amarelada.
Prevenção: Utilize
preferencialmente água potável para beber e cozinhar, lave bem os alimentos e
mantenha uma boa higiene das mãos.
Febre
Amarela – Doença viral transmitida por mosquitos a pessoas não
vacinadas. Os sintomas são febre súbita, calafrios, dor no corpo, fraqueza,
náuseas, olhos avermelhados e, em casos graves, comprometimento do fígado e
rins.
Prevenção: vacinação, uso
de repelentes e eliminação de criadouros de mosquitos.
Covid-19
e Coqueluche – Viroses respiratórias que se espalham facilmente
em locais fechados e aglomerados. Possuem sintomas semelhantes, sendo febre,
tosse, cansaço, perda de olfato e paladar, podendo evoluir para falta de ar os
sinais de covid-19. Já os sintomas da Coqueluche são febre baixa, mal-estar e
coriza. Evolui para tosse seca persistente, podendo durar semanas.
Prevenção: evitar
aglomerações, manter ambientes ventilados, higienizar as mãos e manter a
vacinação em dia.
Risco
de acidentes com animais peçonhentos
Durante as enchentes, animais saem em busca de abrigo
O deslocamento de cobras, aranhas e escorpiões em busca de
abrigo é comum durante as enchentes. Para evitar acidentes, a Semusa orienta:
- Usar luvas e botas ao manusear
entulhos ou caminhar em áreas alagadas;
- Evitar colocar as mãos diretamente em buracos, troncos ou locais escuros;
- Sacudir roupas e calçados antes de usá-los;
- Em caso de picada, manter a calma e procurar atendimento médico
imediatamente.
Atendimento
à população
A Semusa reforça que a rede
municipal de saúde está preparada para atender os pacientes com sintomas ou
suspeita de doenças relacionadas às enchentes. Casos leves devem ser atendidas
nas unidades básicas e os casos de urgência e emergência atendidos nas unidades
de pronto atendimento (UPA).
Em casos de picadas por animais
peçonhentos é necessário se dirigir ao Centro de Medicina Tropical de Rondônia
(Cemetron), referência em ocorrências com esses tipos de animais.
Além disso, é preciso seguir
algumas recomendações como lavar o local com água e sabão, não utilizar
medicação no local da picada, tentar, se possível, registrar uma foto do animal
ou levá-lo ao hospital, não fazer torniquetes, não sugar o local ou cortá-lo e
não ingerir bebidas alcoólicas
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)